A paisagem desolada e terras áridas se estendem até perder de vista nas dunas de Trycka Djinn. Nestas areias não há maravilhas para serem encontradas, apenas o sol feroz castigando os viajantes que resolvem atravessar.
Mas, aqueles com dons mágicos podem perceber os dedos do Caos que assola o mundo. Alguns efeitos podem ser potencializados ou subvertidos. Isso porque Trycka Djinn é a porta de entrada de umas das maiores áreas de magia caótica: O Deserto das Areias de Prata. Um lugar onde a magia do caos mexe tão profundamente que a ciência da maioria dos reinos não consegue explicar.
Caminhos sem rumo
À primeira vista, nada separa as dunas de Trycka Djinn do Deserto das Areias de Prata. Ambos são um lugar seco, quente, de solo arenoso que recebe pouquíssima chuva por ano. Plantas e animais são raros. Não há uma divisão clara e quando passamos para o Deserto das Areias de Prata ainda temos exatamente isso, um solo principalmente composto de areia, com frequente formação de dunas.
Mas enquanto avançamos a própria paisagem muda em frente nossos olhos. Primeiro surge uma aurora boreal e ela vai tomando o horizonte e se intensificando até tomar totalmente o céu, escondendo até as estrelas. Essa aurora nunca se desfaz, dia ou noite se mantém no céu. Guiar seu caminho pelas estrelas é impossível.
O céu boreal enche nossos olhos e há quem diga que é uma janela entre os mundos espirituais e espíritos nos enxergam através dela.
Neste ponto a própria areia do deserto passa a cintilar em prata, como estrelas através do solo. É o brilho prateado que dá nome ao deserto. Há quem diga que tem tem muitos minérios em pó nessas dunas. Além de areia, que consiste cerca de 80% do deserto, temos ferro e claro, prata, que deixa as dunas cintilantes. Há também pequenos fragmentos de ímãs, tornando as bússolas inúteis.
O céu boreal e dunas de prata podem encher os olhos em magnitude e beleza. Mas neste cenário de magia caótica a beleza é apenas a chama que atrai a mariposa. Uma vez que está envolta nesta beleza exótica também estará perdido, sem estrelas para guiar ou bússola para indicar seu caminho.
Se continuar sua jornada vai perceber coisas interessantes: o próprio solo em diversos pontos vai soltando calor e se move sob seus pés, tragando tudo que toca. É uma verdadeira areia movediça, areia escaldante. Entrar nessas areias é ser tragado para suas entranhas enquanto queima numa trágica morte.
Desafios
Se chegou a este ponto em sua jornada e sobreviveu, deixou a terra sem riquezas de Trycka Djinn e está no território das Areias de Prata, um deserto cheio de magia caótica, mortal, mas repleto de tesouros, segredos e maravilhas escondidos em cada oásis, em cada gruta guardada por monstros. Antigas cidades cobertas de areia são reveladas por tempestades de vento e com elas magias e artefatos esquecidos no tempo se escondem.
Bússolas não funcionam, não dá para se guiar pelas estrelas e se perder ou ser tragado por areias escaldantes não é o único desafio no caminho destes oásis, mesmo se evitar as tempestades, monstros vivem entre as dunas e por baixo delas. Criaturas como os vermes de areia, escorpiões abissais e o povo da miragem podem estar no seu caminho e com certeza em breve estarão em nosso bestiário.
Bestas Amaldiçoadas
Tão raras, poderosas e antigas são essas cidades perdidas da antiguidade que existem até aqueles que caçam essas tempestades, esperando para ver o que elas desenterram. A maioria das vezes não desenterram tesouros ou cidades, mas de suas tormentas de areia podem surgir, com frequência, as Bestas Amaldiçoadas.
Não se sabe muito a respeito das Bestas Amaldiçoadas, sua origem ou motivação, caso sejam inteligentes. Apenas se sabe que são preenchidas com o poder do caos e que anseiam pela destruição, sabe-se que aquele que sobrevive ao contato com essas abominações saem diferentes. Modificados para sempre.
Quem as encontra e sobrevive pode receber uma maldição, que pode ser literalmente qualquer coisa, desde uma dupla personalidade a deformações no corpo. Ou uma modificação no corpo, um “poder” ou vantagem única. Esses “sortudos” ganham, também, a capacidade de enfrentar tais monstros sem preocupações, afinal não há como essas bestas alterarem seu corpo mais de uma vez.
Há mais chances de se dar mal, mas há oportunidades. E oportunidades atraem aventureiros, loucos e fanáticos que desejam enfrentar tais bestas para conseguir possíveis poderes. Mas não é uma tarefa fácil: as Bestas Amaldiçoadas são seres que desafiam a mente: seriam inconcebíveis, mas existem. Podem ser de tamanhos médios e gigantescos, podem surgir do fundo das areias, vir do céu ou parecer uma ilha. Podem estar em outro plano.
Não são todos iguais e podem atacar com tentáculos, asas, lâminas, dentes, veneno e até com loucura. Podem possuir vários membros que atuam como braços, olhos, bocas, garras, dentes e tentáculos. Alguns possuem poderes de teleporte e há rumores de um ser que poderia convocar meteoros. Nenhuma testemunha desse poder existe. São um desafio de alto nível.
Jaegers
Um Oásis até mesmo criou uma ordem para caçar e destruir essas as Bestas Amaldiçoadas, são conhecidos como os Jaegers. São caçadores que sobreviveram ao primeiro encontro com as bestas e hoje usam seus dons ou maldições adquiridos nesse encontro maldito contra estes seres.
Eles lutam temendo que a presença das Bestas Amaldiçoadas seja algo muito maior que um ataque ocasional durante uma tempestade de areia. Os Jaegers acreditam que essas tempestades são apenas o presságio para algo muito pior escondido nas areias de prata. (As bestas vão entrar em nosso bestiário, que terá mais informações).
Como se guiar?
Mesmo que não tenha a sorte em sua jornada e uma cidade enterrada na areia não surgir em uma tempestade, os Oásis do Deserto de Areias de Prata já têm recompensas que valem cada desafio da jornada.
Existem muitos Oásis em meio a esse mar de dunas. Cada um com seus mistérios, riquezas e tesouros próprio. São lugares fabulosos. Para conhecer os Oásis do deserto de prata é só seguir este link (em breve).
Os Oásis do Deserto de Areias de Prata são cheios de itens ou materiais únicos e criaram comunidades para explorar o local ou só para viver mais afastados. Muitos são os perigos e nenhuma a forma de se guiar nesses deserto, isso até a descoberta de um padrão, um pouco de ordem no meio da magia do caos.
Com toda dificuldade para atravessar o deserto e chegar nesses Oásis, alquimistas descobriram uma forma razoavelmente segura de transpor as areias.
A Academia Alquímica, através da união de sua ciência e magia, descobriu a existência de poderosas correntes de vento cortando o deserto. Elas são várias e tem um padrão previsível e calculável além de se manter em rotas constantes.
Logo foi possível usar as correntes de vento não só como guia, mas também como forma de condução. Os alquimistas conseguiram tratar a madeira para resistir às areias escaldantes e com ela construíram verdadeiros galeões preparados para usar as forças dos ventos para atravessar o deserto e ligar os Oásis em rotas de comércio. Foram construídos assim os barcos do deserto ou Sandships.
Mas como é impossível se orientar por bússola e pelas estrelas, é preciso os mapas das correntes que mostram como chegar nos oásis. Além disso é preciso fazer cálculos complicados para prever a passagem e duração das correntes.
Ou seja, você precisa de um navegador extremamente hábil para tal feito: além de achar um oásis você tem que ter o mapa certo, pois não existe um mapa que mostra tudo. Cada viagem necessita de seus próprios cálculos.
Mesmo com tantos perigos, ainda existe comércio e navegação no meio do mar de areia. E se existem itens valiosos em um mar, também existem os Piratas da Areia, como o Capitão Dhayksar Navoy .
Com ideias de Harper Nevada, d.r Stein, Jordi Silva Corteline Albuquerque, Estevão Reis, Luiz Otavio Silva, Helio Rodrigues Machado Neto, Alessandro Claiton Sousa MOrgenstern. Bueno Neto e Thaís Colacino.